Compreendendo o PIBID
O
PIBID é uma das mais inovadoras políticas públicas no âmbito da Formação de
Professores, pois envolve o Professor Universitário (que pesquisa a formação e
investiga sobre a educação) e o Professor da Educação Básica (o docente que
conhece a escola, suas interfaces, dilemas e possibilidades), ambos atuando
como coformadores dos Bolsistas de Iniciação à Docência (estudantes dos cursos
de licenciatura). Essa prática atende a um reclamo histórico de aproximação
entre Universidade e Escola, teoria formativa e prática profissional, busca por
inovações didáticas, promoção da vivência no cotidiano escolar, permitindo, de
forma plena, uma inserção do Licenciando no seu futuro local de atuação
profissional.
Como
resultado desse Programa, segundo reconhecimento da própria CAPES, temos:
a) diminuição
da evasão e crescimento da procura pelos cursos de licenciatura;
b) reconhecimento
de um novo status para as licenciaturas na comunidade acadêmica e elevação
da autoestima dos futuros professores e dos docentes envolvidos nos programas;
c) integração
entre teoria e prática pela aproximação entre universidades e escolas públicas
de educação básica;
d) formação
mais contextualizada e comprometida com o alcance de resultados educacionais; e) articulação
entre ensino, pesquisa e extensão;
f) melhoria
no desempenho escolar dos alunos envolvidos;
g) aumento
da produção de jogos didáticos, apostilas, objetos de aprendizagem e outros
produtos
educacionais;
h) inserção
de novas linguagens e tecnologias da informação e da comunicação na formação de
professores;
i) participação
crescente de bolsistas de iniciação em eventos científicos e acadêmicos no país
e no exterior;
j) sinergia
entre os programas Pibid e Prodocência, com impactos na renovação dos currículos
e na didática dos cursos de licenciatura.
Essa
iniciativa da CAPES existe de 2007 e, hoje, atende mais de 72 mil bolsistas de
Iniciação à Docência, em parceria com mais de 260 Instituições de Ensino
Superior por todo o país. Esses estudantes são, em sua maioria, carentes e
utilizam o valor da bolsa para permanência nas universidades. Esse é um quadro
histórico, comprovador de que são as classes mais vulneráveis que buscam a profissão
de Professor no Brasil. Esses dados revelam ainda o PIBID como uma política de
inclusão social, de acesso e permanência no Ensino Superior.
A
importância deste Programa para a formação de Professores é reconhecida por
importantes entidades, como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
e Associação Brasileira de Ciências
(http://www.sbpcnet.org.br/site/noticias/materias/detalhe.php?id=4198),
Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação
(http://www.anped.org.br/news/manifesto-a-anped-sobre-cortes-no-financiamento-da-pesquisa),
Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior
(http://www.andifes.org.br/?p=40111) e por renomados pesquisadores nacionais,
como a Profa. Bernadete Gatti, e internacionais, a exemplo do Prof. António
Nóvoa.
No
Ceará, a Profa. Dra. Isabel Sabino (isabelinhasabino@yahoo.com.br) é uma
referência da pesquisa dos impactos e avanços decorrentes das ações do PIBID no
Ceará. A Secretaria da Educação, do Governo do Estado Ceará, por meio da
Coordenação de Aperfeiçoamento Pedagógico, acompanha o trabalho desenvolvido em
parceria com as IES cearenses e as nossas Escolas Públicas, e pode confirmar as
afirmações feitas. Outros sujeitos também podem relatar a contribuição do PIBID
em sua formação inicial e continuada, como ex-bolsistas e professores das redes
públicas de ensino, contemplados pelo Programa. Contudo, esse reconhecimento é
apenas um pequeno ilustrativo da importância e do valor que o PIBID tem para a
formação de professores e, por conseguinte, para a Educação Básica, face aos resultados
obtidos com as ações desenvolvidas por subprojetos de diferentes áreas de
formação das IES que o integram.
Pibid Letras - UECE/CH - Fortaleza
O projeto da UECE abrange
as mesorregiões do Ceará em que esta IES atua há quase quatro décadas. Dos 8.454.381 habitantes
no Estado, 2.203.334 compõem a população em idade escolar, apresentando, em relação aos demais entes
federados, o 6º maior percentual de analfabetos (IPECE, 2011).
O Censo Escolar da Educação Básica de 2011 (BRASIL. INEP, 2011) indica
que lecionam no Estado 90.949 professores,
desses 67.123 possuem ensino superior completo, enquanto 23.826 (26%) não detêm a referida formação. Ademais, o Estado não escapa da tendência de crescente
desinteresse pela carreira, identificada por Gatti e Sá Barreto (2009).
Esta compreensão norteia o conjunto das ações
comuns aos 29 subprojetos integrantes desta proposta visando à inserção dos
bolsistas de iniciação à docência no contexto escolar, dentre as quais destacamos o subprojeto, intitulado Perspectiva
crítico-reflexiva das práticas sociais da leitura, da escrita e da oralidade, realizado em Fortaleza, que tem
como objetivo o fortalecimento das habilidades de leitura, escrita e oralidade
na formação dos alunos do Curso de Letras a partir de estudos teóricos e
práticos sobre seu processo de ensino-aprendizagem. Sua realização focaliza as
séries finais do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio, cujas escolas
situam-se na periferia urbana da cidade de Fortaleza, visando a que esses
alunos construam um significado positivo de suas vivências escolares e possam
exercer suas funções de agentes sociais dentro e fora da escola de forma
autônoma e consciente da importância de ler e produzir textos escritos e orais.
A
proposta se justifica em vista de os resultados dos sistemas de avaliação como,
por exemplo, os do SAEB e PISA (Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico), revelarem que há grande fragilidade de alunos do ensino básico com
o desempenho na compreensão de leitura. Esse fato tem preocupado vários
segmentos sociais de nosso país, notadamente, a escola, principal agente da
formação do leitor e de sua transformação em um cidadão consciente de seu papel
social e de seu agir a partir das práticas da linguagem. A solução desse
problema diz respeito à concepção de leitura que orienta as práticas escolares
dessa competência.
A
conjunção desses dois importantes aspectos, a preocupação com a formação
docente de alunos do Curso de Letras e a preocupação com o perfil de leitor e
de produtor de textos dos alunos da Escola Básica, propiciará um trabalho de
articulação não apenas entre a teoria e a prática, mas principalmente entre
sujeitos. Os sujeitos, representantes das escolas e da UECE e articuladores da
relação teoria/prática, deverão, portanto, ao longo desse trabalho, orientar e
supervisionar todas as ações que serão implantadas.
COMPONENTES DO PROJETO
Professor(a) Coordenador(a):
Profª. Drª. Abniza
Pontes de Barros Leal
Professores Supervisores:
Profª. Esp. Fátima Nascimento
Profª. Mª. Maria Jarina Barbosa
Profª. Mª. Maria Jarina Barbosa
Alunos Bolsistas:
Aline Ravete de Oliveira Neves
Ana Catarina Evaristo Oliveira
Ana Catarina Evaristo Oliveira
Andréia Marques dos Santos
Arábia Hyokohama Nogueira Araújo
Cleysla de Carvalho Rego
Cleysla de Carvalho Rego
Flavianne de Araújo Sousa
Isabela Rodrigues Ferreira Gomes
Jamily Maciel Araújo
Isabela Rodrigues Ferreira Gomes
Jamily Maciel Araújo
Jéssica Lany Freire de Oliveira
Lorena Maria Matos Lopes
Luana Kelly da Costa Silva
Marcos César Caldas FreitasMaria Vitoria Matos Santos
Marion Lucena Cavalcante
Mayara Stephany Sousa Alcindo
Misael
Mendes Honorato
Paloma Marinheiro Coelho
Suzana Emília Carlos Lima
Paloma Marinheiro Coelho
Suzana Emília Carlos Lima
E-mail para contato: letraspibiduece@gmail.com